A Reforma Religiosa

Chamamos de Reforma Religiosa o conjunto de transformações que levaram a uma divisão do cristianismo da Europa Ocidental no século XVI. Nessa época, a Igreja Católica caracterizava-se por um quadro de corrupção dentro do clero e distanciamento em relação às camadas mais pobres. A simonia (comércio de cargos ou relíquias) era uma prática comum e, para agravar o quadro de insatisfação com a Igreja, o papa Leão X estabeleceu a venda de indulgências, cartas de perdão que poderiam absolver quem as comprasse.

As 95 Teses contra a postura da Igreja e do Papa

Em 1517, na Europa central, na região que hoje corresponde à Alemanha, um monge chamado Martinho Lutero resolveu protestar contra a venda de indulgências e publicou as 95 Teses contra a postura da Igreja e do Papa. Com apoio da nobreza alemã, criou uma nova doutrina cristã, traduziu a Bíblia para o alemão e fundou uma Igreja baseada na ideia de que a salvação se dá pela fé e livre interpretação da Bíblia.

Calvinismo

Em 1536, outro monge chamado João Calvino fundou uma nova religião cristã. Calvino pregava que a salvação é uma escolha de Deus e que os homens estão predestinados à salvação ou à danação. Ao longo da vida, o homem pode apenas buscar os sinais da salvação através do trabalho e do acúmulo de capital. O Calvinismo teve o apoio da burguesia europeia e ganhou muitos adeptos, como os puritanos e huguenotes.