O lixo na era dos descartáveis - Hexag Medicina
14/11/2024 Atualidades

O lixo na era dos descartáveis

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
O lixo na era dos descartáveis

A questão do lixo na era dos descartáveis é um tópico sensível para o futuro da humanidade. A relação entre a produção de lixo e o meio ambiente tem se mostrado cada vez mais complexa. No artigo a seguir, iremos apresentar os principais pontos a respeito. 

O problema do lixo na era dos descartáveis

Para compreender a questão do lixo na era dos descartáveis é essencial considerar a evolução da produção desses descartes ao longo do tempo. O lixo produzido há 50 anos é diferente do lixo produzido atualmente. Essas mudanças na relação do ser humano com os materiais a nossa volta vem gerando problemas ambientais. 

Diariamente, cada um dos 220 milhões de brasileiros produz em média 1,5 kg de lixo. O lixo é constituído por materiais variados como cascas de frutas, restos de comida, papel higiênico, lixo eletrônico, embalagens, entre outros. 

Esse lixo tem diversos destinos sendo que boa parte deles prejudica o meio ambiente e também a saúde do ser humano. A solução que vem sendo aplicada para o tratamento do lixo nas grandes cidades é transferi-lo para depósitos como aterros sanitários e lixões. 

O problema dos lixões

No Brasil, atualmente, é proibida a existência de depósitos de lixo ao ar livre, os populares lixões. Nesses locais, montanhas de lixo são despejadas diretamente sobre o solo e vão se acumulando. Os lixões causam sérios danos para o meio ambiente, especialmente pela produção do chorume.

O que é chorume?

O chorume é um líquido malcheiroso resultante dos processos de decomposição da matéria orgânica. Esse líquido penetra no solo causando a sua contaminação podendo infiltrar-se alcançando os lençóis freáticos. As reservas de água são então inutilizadas. 

O ainda lixo gera uma grande proliferação de animais transmissores de doenças como ratos, moscas e baratas. Essa situação pode acarretar problemas de saúde pública graves. 

Aterros sanitários

Dentre as possibilidades de armazenamento de lixo, os aterros sanitários representam a opção menos poluente. Num aterro sanitário, o lixo é depositado em um grande buraco completamente impermeabilizado. Assim o chorume é impedido de penetrar no solo. O lixo é depositado nesse buraco em camadas intercaladas com solo ou entulho. 

O papel dessas camadas é reduzir o mau cheiro e a proliferação de animais que podem ser vetores de doenças. A construção de um aterro sanitário demanda uma análise ambiental do local uma vez que o mesmo deve ser construído longe de fontes de água. 

O lixo na era dos descartáveis

O processo de decomposição do lixo por bactérias anaeróbias leva a liberação de gás metano, gás que potencializa o efeito estufa. Ductos para a liberação de gás devem ser construídos em aterros sanitários para evitar explosões. 

Já existem aterros sanitários onde o gás metano, produzido pela decomposição do lixo, é canalizado e utilizado para produzir energia elétrica. Contudo, ainda que haja cuidados com o aterro sanitário essa forma de eliminação do lixo não é a ideal. 

Quando materiais são eliminados no aterro sanitário, a matéria-prima que poderia ser usada para produzir outros itens é inutilizada. Parte da matéria orgânica que forma o lixo poderia passar por processos de compostagem sendo convertida em adubos e fertilizantes. O que contribuiria para cultivar alimentos.

O lixo seco, formado por vidros, plásticos, metais e papéis poderia ser reaproveitado através de processos de reciclagem. Em outras palavras, esses materiais poderiam servir de matéria-prima para outros produtos. 

Reciclagem

Além de reduzir a quantidade de lixo, a reciclagem também reduz a extração de matéria-prima para a produção de produtos. O processo de extração pode ser bastante danoso para o meio ambiente. O alumínio, por exemplo, é um metal extraído de um minério chamado bauxita. 

A produção de um quilo de alumínio demanda cerca de quatro quilos de bauxita. Isso significa que há cerca de três quilos de dejetos. Sendo um minério, demanda, quase sempre a remoção de florestas para o solo poder ser explorado. 

Reciclar é uma forma de tornar a cadeia produtiva mais sustentável, mas, ainda não é o bastante. De acordo com estimativas, o processo produtivo de alguns itens pode levar a geração de uma massa de lixo até 70% maior do que o produto final. Por isso, é essencial que haja mudanças na sociedade. 

Incineração

Um processo bastante utilizado para eliminar o lixo é a incineração, isto é, a queima do lixo. Pode até parecer uma solução adequada uma vez que o lixo “desaparece” aparentemente. Porém, a queima do lixo apenas o converte em fumaça e cinzas. 

A incineração gera gases que contaminam a atmosfera contribuindo para potencializar o efeito estufa. Dessa forma, o aquecimento global aumenta. De acordo com a legislação brasileira, somente os dejetos de origem hospitalar – como agulhas, curativos, seringas e até partes de corpos – devem ser incinerados. 

Reinserção dos materiais

O ideal para tratar a questão do lixo na era dos descartáveis é estabelecer processos cíclicos nos quais os materiais são reincorporados na cadeia produtiva. A reciclagem é uma forma de fazer essa reinserção. No entanto, o consumo exacerbado da sociedade atual pode contribuir para o esgotamento dos recursos naturais. 

O consumo é incentivado de diversas formas como:

  • Surgimento de novas tecnologias (que propicia trocas constantes);
  • Crescimento populacional;
  • Uso exagerado de materiais descartáveis, entre outros.

O resultado é o surgimento de montanhas de lixo que levam a ecossistemas cada vez mais degradados. A consciência ambiental tem se mostrado determinante para a manutenção das boas condições de sobrevivência da humanidade.

Agora você sabe mais sobre o lixo na era dos descartáveis. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!

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