Expectativa de vida e mortalidade infantil do brasileiro
O brasileiro tem expectativa de vida de 76 anos e índice de mortalidade infantil de 12,5 mil por nascidos vivos. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Representam, respectivamente, aumento da expectativa e redução da taxa de mortalidade infantil em nosso país.
Expectativa de vida do brasileiro
A expectativa de vida do brasileiro divulgada anteriormente pelo IBGE era de 75,8 anos. Mas, de acordo com a nova pesquisa, passou a ser de 76 anos.
Esse levantamento é relevante por ser usado como parâmetro para determinar o fator previdenciário no cálculo de aposentadorias pelo Regime Geral de Previdência Social.
Conforme foi divulgado pelas Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2017, com base no estudo realizado pelo IBGE:
- A expectativa de vida dos homens aumentou de 72,2 anos para 72,5;
- A expectativa de vida das mulheres aumentou de 79,4 anos para 79,6.
Estados com as expectativas de vida mais elevadas:
- Santa Catarina possui a maior expectativa de vida, 79,4 anos;
- Espírito Santo aparece em segundo lugar com expectativa de vida de 78,5 anos;
- Distrito Federal e São Paulo estão empatados no terceiro lugar com 78,4 anos.
Indicadores acima da média
Os estados do Rio Grande do Sul (78,0 anos), Minas Gerais (77,5 anos), Paraná (77,4 anos) e Rio de Janeiro (76,5) apresentam indicadores acima da média nacional.
Indicadores abaixo da média
Por sua vez, os estados que apresentam indicadores abaixo da média são: Maranhão (70,9 anos) e Piauí (71,2 anos).
Tendências
De acordo com especialistas, existe a tendência de que o Brasil encontre convergência com países desenvolvidos em termos de expectativa de vida. Nos países com maior desenvolvimento, a expectativa está na faixa dos 83 anos.
Há países cuja expectativa de vida está na faixa dos 50 anos. Em comparação com essas nações, o Brasil apresenta uma excelente evolução, mesmo com a diferença em relação aos países desenvolvidos.
Redução da mortalidade infantil no Brasil
O aumento da expectativa de vida no Brasil também é um reflexo da redução da mortalidade infantil. Os ganhos iniciais, que ajudaram a alavancar a expectativa de vida, estão relacionados com a redução da mortalidade entre os mais jovens. Isso se deve especialmente à observação da natureza dos óbitos.
Houve a consciência de que é necessário, por exemplo, fornecer água potável para as crianças. O soro caseiro, que ganhou ampla divulgação na década de 1980, teve também um papel significativo desses ganhos.
O aumento da expectativa de vida do brasileiro
A expectativa de vida do brasileiro aumentou 30,5 anos nos últimos 77 anos. De acordo com dados do IBGE, em 1940, o brasileiro tinha expectativa de vida de 45,5 anos. Nesse período, a expectativa para homens era de 42,9 anos e para mulheres era de 48,3 anos.
Entre 1940 e 1960, o Brasil conseguiu reduzir, a quase metade, a taxa bruta de mortalidade. Essa taxa é calculada dividindo o número de óbitos de um ano pela população total em julho do mesmo ano. O número de óbitos por cada mil habitantes caiu de 20,9 para 9,8 mil. Em 1960, a expectativa de vida era de 52,5 anos ao nascer.
Conforme o estudo do IBGE, em 1940, quando um indivíduo completava 50 anos tinha expectativa de vida de 19,1 anos. Os brasileiros viviam em média 69,1 anos. A queda da mortalidade, faz com que um indivíduo de 50 anos, em 2017, tenha expectativa de vida, de 30,5 anos. Em média, esse indivíduo vive até 80,5 anos.
Expectativa de vida dos homens
Segundo estudo do IBGE, um homem de 20 anos, em 2017, tinha 4,5 vezes mais chances de não completar 25 anos, em comparação com uma mulher. Essa discrepância pode ser explicada pela maior incidência de óbitos por causas não naturais ou externas entre os homens.
Uma curiosidade, é que em 1940, esse fenômeno de sobremortalidade masculina não era registrado. Possivelmente porque tem relação com o processo de urbanização e metropolização do país. O número de mortes ligadas a causas externas cresceu a partir de 1980.
Expectativa de vida dos idosos
De 1940 a 2017, a expectativa de vida dos idosos aumentou em 8,1 anos. Em 1940, segundo o IBGE, de cada mil indivíduos que chegavam aos 65 anos, 259 viviam até os 80 ou mais. Em 2017, esse número aumentou para 632 indivíduos.
Em 2017, essa expectativa de vida dos idosos que chegam aos 80 anos aumentou para 10,3 anos para mulheres e para 8,6 para homens. Já em 1940, a expectativa aumentou 4,5 anos para as mulheres e 4,0 para os homens.
Mortalidade infantil
A taxa de mortalidade infantil (possibilidade de óbito até um ano de idade) apresentou queda. Atualmente a taxa é de 12,8 a cada mil nascidos vivos. Em 2016, essa taxa era de 13,3 a cada mil nascidos vivos.
Por sua vez, a mortalidade na infância (crianças menores de cinco anos de idade) caiu de 15,5 por mil em 2016 para 14,9 por mil em 2017. De acordo com esse estudo, dentre as crianças que faleceram antes de completar cinco anos de idade:
- 87,7% teriam chances de morrer no primeiro ano de vida;
- 14,3% teriam chance de falecer entre 1 e 4 anos de idade;
- A chance de falecer entre 1 e 4 anos era de 30,9%, em 1940. Mais do que o dobro de 2017.
Segundo conclusão do IBGE, as mortes de crianças de até um ano são causadas especialmente por questões congênitas como malformação do feto. Nos casos de óbitos de crianças entre 1 e 4 anos as causas de morte se relacionam especialmente com falta de saneamento básico.
Houve melhoras na expectativa de vida e taxa de mortalidade infantil do brasileiro. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!