Vale a pena fazer Medicina no exterior? - Hexag Medicina
20/03/2025 Vestibular Medicina

Vale a pena fazer Medicina no exterior?

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Vale a pena fazer Medicina no exterior?

Você já pensou em fazer Medicina no exterior? Se sim, pode ter dúvidas sobre como ingressar em uma universidade de outro país e posteriormente como validar seu diploma.

No artigo a seguir, iremos explicar como esse processo funciona e esclarecer se vale ou não a pena. 

Afinal, vale a pena fazer Medicina no exterior?

Para quem sonha em ter o diploma de médico há alguns desafios, sendo o primeiro deles o vestibular extremamente concorrido no Brasil.

Caso opte por estudar na rede privada, o estudante deve se preparar para o valor elevado das mensalidades. Por esses e outros motivos, muitos consideram a possibilidade de estudar no exterior.

Mas, fica a dúvida: será que vale a pena fazer Medicina no exterior? Ao buscar por essa resposta, o estudante pode ficar inicialmente confuso, pois encontrará informações conflitantes.

Ao longo deste artigo listamos alguns mitos e verdades sobre a formação em Medicina no exterior. O objetivo é te ajudar a formular seu próprio julgamento. 

Mitos sobre fazer Medicina no exterior

Confira abaixo alguns dos principais mitos sobre estudar Medicina no exterior. 

Mito: O curso de Medicina no exterior é caro

No Brasil, as mensalidades do curso de Medicina variam entre R$ 5.000,00 e R$ 12.000,00. Assim, o acesso ao curso se torna inviabilizado para grande parte da população. Por esse motivo, estudar no exterior se tornou uma alternativa para muitos aspirantes a médicos. 

O custo do curso de Medicina no exterior é relativamente baixo, ficando em torno de R$ 1.500,00 a R$ 2.000,00 em países como Paraguai, Argentina e Bolívia. Há ainda a possibilidade de fazer o curso gratuitamente. 

Mito: Não existe bolsa de estudos para estudantes de Medicina no exterior

Esse é um grande mito, uma vez que muitos países possuem programas de bolsas de estudos voltadas para estudantes estrangeiros. A Bolívia, por exemplo, oferece bolsas que variam entre 30% e 50% para os estudantes que se destacam academicamente. Há também a oferta de bolsas para alunos que integram equipes esportivas universitárias. 

Em Cuba, estudantes que tenham até 25 anos de idade podem ingressar na Escuela Latinoamericana de Medicina (ELAM) com bolsa integral. Esse é um programa do Governa que também oferece benefícios como alimentação, hospedagem e 30% do valor do salário mínimo cubano. 

Mito: Os cursos de Medicina no exterior possuem baixo nível acadêmico

Em 2022, o ranking da QS World University elencou as dez melhores Universidades da América Latina, nessa lista 8 eram estrangeiras. A primeira colocada foi a Pontificia Universidad Católica de Chile (UC) sendo seguida pela Universidade de São Paulo (USP). Em terceiro lugar estava a Universidad de Chile.

Confira abaixo as dez melhores Universidades da América Latina: 

  • Pontificia Universidad Católica de Chile – Chile;
  • Universidade de São Paulo (USP) – Brasil
  • Universidad de Chile – Chile; 
  • Tecnológico de Monterrey – México;
  • Universidad de Los Andes – Colômbia;
  • Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) – México;
  • Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Brasil;
  • Universidad de Buenos Aires (UBA) – Argentina;
  • Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Brasil;
  • Universidad Nacional de Colombia – Colômbia. 

A Universidad de Buenos Aires (UBA) oferece a possibilidade de estudar gratuitamente. Contudo, é importante citar que os futuros médicos podem se destacar no mercado formando-se em uma das instituições brasileiras que aparecem neste ranking. Para isso é essencial se dedicar ao preparo para a prova do Enem e vestibulares.

Confira abaixo a lista das melhores Universidades do mundo, de acordo com o ranking da Times Higher Education: 

  • Universidade de Oxford;
  • Universidade Stanford;
  • Universidade Harvard; 
  • Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia);
  • MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). 

‍Mito: O médico formado no exterior não pode exercer a Medicina no Brasil

Os médicos formados em universidades estrangeiras podem exercer a Medicina no Brasil desde que passem por um programa de revalidação do diploma. Esse programa visa assegurar a correspondência acadêmica do currículo da universidade do exterior com o currículo brasileiro. O programa de revalidação possui duas etapas:

  • Primeira etapa – prova objetiva;
  • Segunda etapa – análise clínica. 

Importante!

É essencial esclarecer que o programa de revalidação do diploma de Medicina possui uma taxa baixa de aprovação. Falaremos mais sobre esse tópico a seguir. 

Verdades sobre fazer Medicina no exterior

A seguir, apresentaremos verdades sobre fazer Medicina no exterior. 

Verdade: A prova de Revalidação é difícil e possui taxa baixa de aprovação

O Revalida (como é conhecido o processo de revalidação de diploma) é considerado um teste bastante complexo e difícil. Para se ter uma ideia, em 2023, houve uma taxa de 96% de reprovação nesse teste. Na primeira fase, a prova é considerada extremamente complexa abrangendo todos os cinco principais temas da área médica. 

A média de aprovação dos últimos anos é de apenas 18%. Isso significa que os médicos formados no exterior devem estar bem preparados para o exame. A segunda etapa, de análises clínicas, também costuma gerar índice elevado de reprovação. 

Verdade: Muitos países não têm vestibular

O primeiro desafio no caminho de quem deseja se tornar um médico é passar pelos vestibulares extremamente concorridos. Porém, essa barreira não existe em muitos países como, por exemplo, a Argentina onde é proibido realizar prova para ingresso no ensino superior. 

Em diversos países da América Latina o processo de candidatura é bastante simples, o candidato preenche uma ficha e aguarda. As vagas são distribuídas conforme a ordem de inscrição. 

Algumas Universidades exigem apenas que os candidatos passem por um ciclo básico para nivelamento de conhecimentos. Após a conclusão desse ciclo tem início o curso de Medicina. 

Vale a pena fazer Medicina no exterior? 

Dependendo das condições do candidato pode ser uma boa opção, mas é fundamental saber que após a formação haverá outro desafio, passar na revalidação.

Se o objetivo é atuar como médico no Brasil, é essencial definir se deseja se preparar para o vestibular ou para o teste de revalidação.

Gostou de saber mais sobre como fazer Medicina no exterior? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!

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