O que é mpox? Sintomas, transmissão, mortalidade
Você sabe o que é mpox? Trata-se de uma doença viral, antes conhecida como monkeypox ou varíola dos macacos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou, em 14 de agosto de 2024, como emergência de saúde global o surto de mpox na África. Continue lendo para saber mais sobre a doença.
O que é mpox?
A doença, conhecida anteriormente como monkeypox, é transmitida pelo vírus mpox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus e a família Poxviridae. A transmissão ocorre, principalmente, através de pessoas infectadas ou objetos contaminados pelo vírus. Os principais sintomas são lesões na pele.
Inicialmente, a mpox estava restrita a áreas rurais da África Central e Ocidental. O principal vetor de transmissão era o contato de humanos com animais infectados. Porém, devido a globalização e o aumento das viagens internacionais, a mpox chegou a outros continentes.
Tipos de mpox
Confira abaixo os grupos de vírus mpox circulando no planeta:
- Clado 2 – grupo de vírus mpox circulante na África Ocidental. Apresenta sintomas mais brancos.
- Clado 1 – grupo de vírus que circula na República Democrática do Congo e países vizinhos.
- Clado 1b – variante mais letal do clado 1, surgiu em 2023.
Observação
A principal preocupação da OMS é que a cepa do clado 1b se espalhe pelo mundo, assim como aconteceu com o clado 2, em 2022. Em 15 de agosto de 2024, a OMS previu a ocorrência de novos casos de mpox na Europa.
Isso porque a Suécia notificou o primeiro caso de mpox clado 1b fora do continente africano. A infecção ocorreu em uma viagem realizada pelo paciente a África, essa notícia acendeu um grande alerta.
Notificação de casos de mpox no Brasil
Em 2022, foram confirmados os primeiros casos de mpox no Brasil. As notificações se mantêm relacionadas ao clado 2, ou seja, o grupo viral mais brando da doença. O Ministério da Saúde afirmou que o Brasil apresenta queda significativa de casos de mpox, ano a ano.
O pico da doença em território nacional ocorreu em 2022, com 40 mil casos. O número caiu para 400 casos em agosto de 2023. Já no mesmo período de 2024, o número já estava entre 40 e 50 casos. De acordo com nota do Ministério da Saúde, o mpox representa baixo risco para o Brasil.
Perfil epidemiológico de mpox no Brasil
- 91,3% dos pacientes diagnosticados eram homens.
- A média de idade dos infectados é de 32 anos.
- 45,9% dos casos confirmados e prováveis são de pacientes que declaram viver com HIV.
O Ministério da Saúde afirmou que até o momento, apenas 3,1% dos pacientes infectados por mpox foram hospitalizados em decorrência de agravamento do quadro. O órgão ainda declarou estar abastecido com insumos para exame e diagnóstico da doença.
Transmissão da mpox
A forma mais comum de transmissão da mpox é pelo contato direto com:
- Erupções e lesões na pele ou mucosas;
- Fluidos corporais (sangue das lesões, pus) de indivíduo infectado.
Além disso, a transmissão pode se dar pelo contato com objetos contaminados por indivíduos infectados. Podemos citar como exemplos de objetos:
- Roupas;
- Pratos;
- Talheres;
- Lençóis;
- Agulhas.
É possível ainda se contaminar através de gotículas, mas nesse caso é necessário haver contato prolongado e próximo com uma pessoa infectada. Esse vírus pode ser transmitido desde que os sintomas iniciais surgem até o momento em que as lesões cutâneas cicatrizam totalmente.
Sintomas do mpox
Os sintomas principais da infecção por mpox são as lesões e erupções na pele. Essas lesões podem estar acompanhadas de outros sintomas como:
- Febre;
- Dores musculares;
- Dor de cabeça intensa;
- Calafrios;
- Fraqueza;
- Linfonodos inchados (ínguas).
Lesões de mpox
As lesões costumam aparecer primeiro no rosto e, gradualmente, se espalhar para outras partes do corpo como a planta dos pés e as palmas das mãos. Nos casos mais graves podem acometer: olhos, boca e órgãos genitais.
As erupções são preenchidas por um líquido incolor ou amarelado, além de doer, essas lesões coçam bastante. De acordo com a evolução da doença, crostas se formam e então caem. Essas lesões podem deixar cicatrizes.
Tempo de evolução
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o surgimento dos primeiros sinais é de 3 a 16 dias (período de incubação). Contudo, esse período pode se estender por até 21 dias.
Prevenção de mpox
- Evitar o contato direto com pessoas infectadas ou que estejam com sintomas suspeitos;
- Usar equipamentos de proteção, como luvas e máscaras, em regiões de risco;
- Higienizar as mãos frequentemente com água e sabão ou com álcool em gel;
- Evitar compartilhar objetos pessoais como roupas e toalhas;
- Manter ambientes ventilados para diminuir a concentração de gotículas respiratórias.
Diagnóstico de mpox
O diagnóstico da infecção por mpox é feito através de teste molecular ou sequenciamento genético. A secreção das lesões é a amostra preferencial para análise. Se as lesões estiverem secas, as crostas vão para análise.
Tratamento para mpox
Não há um remédio aprovado especificamente para o tratamento da mpox. Sendo assim, o foco está em aliviar os sintomas. O controle da dor e febre, em alguns casos, é feito pela administração de analgésicos e anti-inflamatórios.
As lesões devem ser mantidas limpas e secas para prevenir infecções secundárias. Boa parte dos casos se caracteriza por apresentar sinais e sintomas entre leves e moderados. O acompanhamento médico é essencial em qualquer caso.
Mortalidade
Estima-se que cerca de 10% dos indivíduos infectados por mpox venham a óbito. Essa é uma taxa considerável e por isso é decisivo que pessoas que apresentem sintomas da doença procurem ajuda médica.
Agora você conhece mais sobre mpox. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!