Anfíbios: característica, classificação e reprodução
A classe dos anfíbios é composta por animais vertebrados, alguns deles podem passar parte de suas vidas em ambiente aquático e outra parte em terra firme. Continue lendo para saber mais sobre os anfíbios.
Classe dos anfíbios
A classe Amphibia ou classe dos anfíbios é constituída de animais vertebrados. Alguns deles podem passar parte de suas vidas no ambiente aquático e outra parte no ambiente terrestre. Alguns autores referem-se a esse grupo como sendo de animais com vida dupla.
Atualmente, há em torno de 7.000 espécies de anfíbios conhecidas. No Brasil, estão catalogadas 946 espécies. Os anfíbios são encontrados em quase todos os continentes, exceto na Antártida.
Características dos anfíbios
Vida dupla
Os anfíbios podem ter uma fase de vida aquática e outra fase terrestre ao longo do seu desenvolvimento. Inclusive, o termo Amphibia faz referência a essa característica significando vida dupla. Eles foram os primeiros animais a se movimentar para o ambiente terrestre ao longo de sua história evolutiva.
Coluna vertebral
Durante a evolução dos anfíbios fica o destaque para o surgimento de uma coluna vertebral mais reforçada e o aparecimento de quatro membros. A coluna vertebral assim como os quatro membros foi fundamental para a locomoção desses animais.
Rãs e pererecas, por exemplo, se deslocam por meio de saltos, demandando um esqueleto reforçado, o que auxilia no impulso e na aterrissagem. Nos gimnofionos não existe a presença de membros. Caudados e anuros são os únicos, dentre os vertebrados que apresentam quatro dígitos em suas mãos.
Pele permeável
A pele dos anfíbios é bastante permeável às trocas gasosas e água. Inclusive em diversas espécies, a forma mais eficiente de troca é através da pele, isto é, através de respiração cutânea. Os pulmões foram perdidos ou são pouco funcionais em muitas espécies dessa classe.
A respiração, nas espécies que possuem fase larval aquática, é branquial nessa fase. A umidade da pele dos anfíbios é essencial para a respiração cutânea acontecer. Os animais que vivem em ambientes mais secos tendem a passar grande parte do tempo escondidos em tocas ou debaixo de folhas. Precisam de mais umidade.
Glândulas
Os animais conseguem manter a pele úmida também através de secreções eliminadas por glândulas existentes nesses animais. Anfíbios apresentam dois tipos de glândulas:
- Mucosas – responsáveis pela manutenção da umidade;
- Granulares – responsáveis por produzir substâncias que agem como defesa.
Esses animais possuem glândulas de veneno espalhadas pelo seu corpo, podendo variar em localização de uma espécie para outra. Por exemplo, o sapo-cururu possui pequenas glândulas espalhadas no dorso além de glândulas mais desenvolvidas em partes do corpo como antebraço, paracmenis e parotoide.
Sensibilidade às mudanças climáticas
Os anfíbios apresentam significativa sensibilidade às variações climáticas do meio ambiente. Chuvas ácidas, mudanças climáticas e contaminação dos corpos d’água impactam drasticamente esses animais.
Animais ectotérmicos
Os anfíbios são animais ectotérmicos, isso significa que esses animais dependem das características do meio ambiente para manter sua temperatura sob controle. Esses vertebrados usam fontes externas de calor para regular a temperatura do seu corpo.
Sistema circulatório
Os anfíbios possuem sistema circulatório fechado, o sangue circula no interior do seu coração e dos vasos sanguíneos. O coração desses animais possui três câmaras sendo:
- Dois átrios;
- Um ventrículo.
Néfrons
A excreção desses animais é realizada devido a presença de rins, constituídos por pequenas unidades chamadas néfrons.
Alimentação
A classe dos anfíbios possui dietas variadas, sendo que nas espécies que possuem fase larval a alimentação pode ser composta de algas. Há animais carnívoros e até onívoros. Depois da metamorfose, essas espécies costumam se tornar predadoras, alimentam-se principalmente de invertebrados como insetos.
Reprodução
A forma de reprodução dos anfíbios varia de uma espécie para outra. Boa parte das espécies é ovípara, no entanto, também há espécies vivíparas. Pode ocorrer fecundação interna ou externa. A última pode ser observada em boa parte dos anuros e em algumas espécies de salamandras. Já a interna pode ser observada nos urudelos e cecílias.
Classificação dos anfíbios
Os anfíbios estão divididos em três grupos:
- Anura;
- Urodela;
- Apoda.
Anura
- Grupo mais diversificado e conhecido dos anfíbios.
- Fazem parte desse grupo pererecas, sapos e rãs.
- Os animais desse grupo possuem cauda, troncos curtos e quatro membros locomotores.
- Geralmente, anuros possuem membros posteriores maiores, o que permite que realizem saltos.
- A língua desses animais é longa e pegajosa ajudando na captura de alimento como pequenos insetos.
- Anuros apresentam grande capacidade de vocalização. A produção de sons é uma característica observada em boa parte das espécies do grupo.
- O canto dos anuros é usado em diferentes ocasiões como para demarcar território, atrair fêmeas e para evitar a predação.
- Muitos anuros têm veneno.
- Esses animais apresentam cor vistosa na pele como forma de alertar sobre a presença de substâncias tóxicas.
Urodela ou Caudata
- Esses anfíbios retêm suas caudas quando chegam à fase adulta.
- Os urudelos apresentam, normalmente, o corpo longilíneo com membros de tamanho similar.
- Há espécies que vivem somente em ambiente aquático e outras que vivem em ambiente terrestre quando adultos ou durante toda a vida.
- Tritões e salamandras fazem parte desse grupo.
Gymnophiona ou Apoda
- Sua principal característica é não ter patas.
- Possuem corpo alongado e com formato vermiforme. Os seus olhos são reduzidos e pouco funcionais.
- Boa parte das espécies desse grupo vive quase a vida toda em galerias no solo.
- Cecílias ou cobras-cegas são exemplos de ápodes.
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