Neurociência da aprendizagem: dicas para Enem e vestibular
Você já ouviu falar sobre neurociência da aprendizagem? Trata-se da aplicação dos conhecimentos de neurociência para potencializar a capacidade de aprendizagem. É uma forma de os estudantes buscarem por melhores resultados em seu período de preparação para o Enem e vestibulares.
O que é neurociência da aprendizagem?
Antes de entender o que é neurociência da aprendizagem é interessante conhecer a área de estudos conhecida como neurociência. Em linhas gerais, trata-se do campo de estudos voltado para a investigação do sistema nervoso e cérebro. Dentre seus tópicos de estudos estão a função, desenvolvimento e regeneração.
Contudo, não se restringe apenas a estudar o funcionamento das células nervosas e moléculas, está também associada ao comportamento humano. O cérebro humano possui 86 bilhões de neurônios conectados e relacionados a outras partes do sistema nervoso.
Essas ligações ajudam a definir quem somos e como agimos, ou seja, tem relação com nossa forma de aprender. Os candidatos que estão se preparando para o Enem e vestibulares podem utilizar a neurociência da aprendizagem para potencializar seus conhecimentos.
Neurociência da aprendizagem: dicas para o Enem e vestibulares
Estudantes em preparação para o Enem e vestibulares podem optar por ficar trancados no quarto por várias horas repassando massivamente os conteúdos. Esse ritmo acelerado não contribui para a memorização dos conteúdos e pode até mesmo atrapalhar o preparo.
Dessa forma, fica evidente que essa organização de rotina de estudos não é a melhor. Para evitar prejuízos para a sua saúde física e mental confira as dicas de neurociência da aprendizagem que listamos a seguir.
1 – Exercite sua mente e seu corpo
Uma rotina de estudos baseada na disciplina é essencial para quem está se preparando para o Enem e vestibulares. Porém, esteja ciente que seu cérebro será amplamente exigido nesse período tornando fundamental cuidar do seu corpo. Para um recurso funcionar bem é necessário cuidar de todos.
De acordo com a neurociência, ao descuidar do bem-estar físico estamos prejudicando o desempenho cognitivo. A prática de uma atividade física é crucial para quem está na fase pré-vestibular. Nos momentos de prática de exercícios físicos, o cérebro trabalha em segundo plano. Também funciona como válvula de escape do estresse.
2 – O aprendizado deve ser associado com boas emoções
Segundo estudos da área de neurociência, quando uma informação é associada a um sentimento positivo, há mais chances de o cérebro se recordar dela futuramente. O conceito que relaciona sensações positivas com o aprendizado é chamado de “valência emocional”.
Por sua vez, sensações negativas como tristeza e raiva tendem a promover o contrário. Pessoas que estão sentindo ansiedade e medo, por exemplo, tem maior liberação de cortisol (hormônio do estresse), prejudicando seu aprendizado e pode levar ao “branco” durante as provas.
A dica é associar o momento de estudo a um sentimento bom, você pode, por exemplo, projetar seu pensamento para o futuro quando estiver na universidade. Evite pensar no que gera apreensão e mantenha-se confiante em seu potencial.
3 – Desenvolva seu próprio método de estudos
Talvez já tenha acontecido com você, tentar estudar de acordo com o método de outra pessoa e não ter sucesso. Isso acontece porque cada indivíduo é único e tem sua própria forma de aprender. A maneira como um colega seu estuda, por exemplo, pode não se encaixar no seu perfil e te deixar cansado.
Existem diferentes perfis de estudo, algumas pessoas são mais visuais e aprendem melhor lendo. Para outras pessoas, a melhor forma de aprendizagem pode ser através de vídeos, áudios, mapas mentais ou leituras. Sendo assim, é essencial descobrir qual é o seu perfil de estudos e desenvolver um método com base nele.
4 – Evite as distrações
O aprendizado de um estudante pode se tornar mais lento se ele tiver diversos estímulos ao seu redor enquanto estuda. A neurociência identificou que o ser humano é capaz de desempenhar apenas duas tarefas ao mesmo tempo. Uma dessas tarefas deve ser do tipo automática como dirigir ou ouvir rádio.
Para obter os melhores resultados em seus estudos o ideal é eliminar completamente as distrações como:
- Notificações de redes sociais;
- TV;
- Conversas com familiares e amigos;
- Barulhos externos.
O lugar escolhido para trabalhar deve ser calmo e silencioso para que o indivíduo possa se concentrar somente em seus estudos. Deixe o celular e as redes sociais longe de você durante o período de estudos.
5 – Recompense o seu cérebro
Bons resultados nos estudos são consequência de foco e disciplina nos estudos. No entanto, fazer pausas também é importante para evitar a sobrecarga na mente e promover a assimilação do conteúdo. Pesquisadores da área de neurociência definiram que o cérebro atua em dois modos: focado e difuso (quanto está relaxado).
Quando os dois modos são alternados o aprendizado tende a ser facilitado. Dessa forma, sugerimos o uso de um método de estudos como o Pomodoro. Basicamente, após 25 minutos de realização de uma atividade focada, o indivíduo pode tirar uma folga de 5 minutos. Esse período de descanso fará seu cérebro se tornar mais eficaz.
6 – A prática leva à perfeição
A neurociência afirma que para um conteúdo ser aprendido pelo cérebro é necessário praticá-lo. Os estudantes podem realizar essa prática através da técnica de “recordar ativamente” ou “aprendendo a aprender”. Para isso basta pensar em ideias-chave sobre aquele tema.
Algumas dessas palavras-chave devem ser anotadas no canto da apostila ou no caderno enquanto se está recebendo o conteúdo. Após ler o texto novamente procure se recordar dessas palavras sem consultar as anotações. Repita as palavras em voz alta ou na sua mente. Faça exercícios para praticar as soluções aprendidas.
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