Saiba a diferença entre aposto e vocativo - Hexag Medicina
20/04/2023 Português

Saiba a diferença entre aposto e vocativo

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Saiba a diferença entre aposto e vocativo

Aposto e vocativo constituem termos de uma oração. O primeiro diz respeito a uma palavra ou expressão que possui alguma relação com o substantivo ou pronome da oração. Por sua vez, o vocativo é um termo independente. 

Dessa forma, o aposto está subordinado a outro termo da oração e o vocativo não. O aposto pode ser enumerativo, explicativo, recapitulativo (resumidor), distributivo, comparativo, de especificação, circunstancial e da oração. Continue lendo para saber mais. 

Aposto e vocativo: conheça os conceitos

O que é aposto?

Aposto pode ser uma palavra ou expressão que possui relação com o substantivo, pronome ou oração. A relação pode ser de:

  • Explicar;
  • Resumir;
  • Especificar;
  • Comentar;
  • Indicar algo.

Contudo, é essencial se lembrar de que o aposto não pode ser formado por adjetivo. Somente pode ser formado por substantivo ou pronome substantivo (pronome que exerce função de substantivo). 

Confira o exemplo:

“Leonardo da Vinci, o pintor da Mona Lisa, foi um artista genial”. 

Nessa oração, a expressão “o pintor da Mona Lisa” é um aposto, pois tem a função de explicar quem foi Leonardo da Vinci. 

Confira outro exemplo:

Leonardo da Vinci, persistente e talentoso, foi um artista genial”. 

Nesse exemplo, os adjetivos “persistente” e “talentoso” tem a função de predicativo do sujeito. Ou seja, a sua função é atribuir uma condição ou qualidade ao sujeito, que nesse caso é Leonardo da Vinci. 

Então na primeira oração é explicado quem é Leonardo da Vinci através do aposto “o pintor da Mona Lisa”. Na segunda oração são indicadas qualidades (características) de Leonardo da Vinci, persistente e talentoso. 

Tipos de aposto

Confira abaixo os tipos de aposto que existem:

  • Aposto explicativo – tem a função de explicar ou identificar o termo a que se refere. Ex: “D. João VI, rei de Portugal, chegou ao Brasil em 1808”. 
  • Aposto enumerativo – sua função é enumerar os elementos contidos em um único termo. Ex: “Elas só desejavam isto: respeito, sinceridade e dignidade”. 
  • Aposto recapitulativo (resumidor) – resume num único termo elementos citados na oração. Ex: “Pintores, escultores e escritores, todos são artistas.”
  • Aposto comparativo – faz uma comparação implícita, ou seja, não direta. Ex: “Crianças, pássaros selvagens, sempre nos surpreendem”. 
  • Aposto distributivo – distribui funções, ideias, objetos, qualificações entre outros. Ex: “Pegue dois exemplares: um para você e outro para sua irmã”. 
  • Aposto circunstancial – refere-se a uma circunstância além de uma qualidade. Ex: “Em criança, via a vida passar mais lentamente”. 
  • Aposto de especificação – caracteriza um termo genérico. Ex: “Minha prima Cláudia”. 
  • Aposto da oração – comentário a respeito de fato apresentado que sintetiza a oração. “Antes da palestra, suas mãos estavam suando, estava nervoso”. 

Como o aposto deve ser separado? 

Geralmente, o aposto é separado, por vírgulas, da palavra ou expressão a que está associado. Esse procedimento é usado nos apostos dos tipos:

  • Explicativo;
  • Circunstancial;
  • Comparativo;
  • Da oração.

Exemplos:

  • Aposto explicativo: “Istambul, cidade bicontinental, fica na Europa e na Ásia”. 
  • Aposto circunstancial: “Devido às fortes chuvas, as aulas foram canceladas”. 
  • Aposto comparativo: “Água, recurso essencial para a sobrevivência, deve ser preservada”. 
  • Aposto da oração: “Não se pode acertar sempre, o que não significa que vamos desistir”. 

Separação do aposto enumerativo

Por sua vez, o aposto enumerativo deve ser separado, por dois-pontos, da palavra ou expressão a que está relacionada. Os elementos do aposto devem ser separados por vírgulas entre si. Em alguns casos, pela conjunção “e” entre os dois últimos termos. 

Exemplo: “Ele só via isto: bicicletas, motos e carros”. 

Separação do aposto recapitulativo (ou resumidor)

Esse tipo deve ser separado, por vírgula, da série de elementos a que diz respeito. Os elementos dessa série devem ser separados entre si por vírgulas. Em alguns casos pela conjunção “e” entre os dois últimos termos. 

Exemplo: “As cores, as formas e os volumes, tudo isso deve ser levado em consideração na arte”. 

Separação do aposto distributivo 

Esse aposto pode ser separado da palavra ou expressão a que está associado, pelo uso de vírgula ou dois-pontos. 

Exemplo: “Comprei três apostilas: uma para Luiza, uma para André e uma para Carlos”. 

Separação do aposto de especificação

O aposto de especificação não deve ser separado nem por vírgula e nem por dois-pontos. 

Exemplo: “A atriz Elizabeth Taylor”. 

O que é vocativo?

O vocativo é um termo da oração que se caracteriza por ser um chamamento, um apelo. Consiste em um termo independente porque não faz parte da estrutura da oração. Esse termo explicita o diálogo com uma ou mais pessoas. 

Confira alguns exemplos:

  • “Ó céus! Por que as coisas não dão certo?”; 
  • “Não pense, amigo, que me esqueci daquela conversa”; 
  • “Francisco, preciso que você me conte toda a verdade”.

Qual a diferença entre aposto e vocativo?

O aposto possui relação com um ou mais termos da oração ou com a oração toda (quando é aposto da oração). Em outras palavras, o aposto é dependente dos termos ou da oração. 

Exemplo:

“Maria Augusta Generoso Estrella, a primeira médica brasileira, nasceu em 1860”. 

Nesse exemplo, o aposto “a primeira médica brasileira”, não possui autonomia, depende do termo “Maria Augusta Generoso Estrella” para ter sentido. 

Por sua vez, o vocativo é um termo independente na oração:

“Luiza, sonhar é a coisa mais importante da vida”. 

Nessa oração, o vocativo “Luiza” não tem relação com nenhum termo da oração, ou seja, é independente. Mesmo que o termo seja excluído a oração continuará tendo sentido: “Sonhar é a coisa mais importante da vida”. 

Porém, algumas vezes é a oração que depende do vocativo, confira o exemplo: 

“Tu, que desejas ser rico, busca encontrar um bom caminho”. 

Nesse exemplo, o vocativo “Tu” é independente na oração por se referir a pessoa com que se está falando. Contudo, a oração “que desejas ser rico” está subordinada a “Tu” pelo uso do pronome relativo “que”. Ele se refere ao termo anterior, isto é, “Tu” é um termo dependente dele. 

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