O que foi o processo da Deriva Continental?
Em 1912, o meteorologista Alfred Wegener elaborou a teoria da deriva continental, que juntamente a teoria das placas tectônicas, explicou o surgimento dos continentes atuais. No artigo a seguir, iremos explicar o processo explicado por essa teoria.
O que é a teoria da deriva continental?
A teoria da deriva continental foi elaborada, em 1912, pelo meteorologista e geofísico alemão Alfred Wegener (1880-1930).
Basicamente, essa teoria diz que os continentes que conhecemos atualmente constituíam um único supercontinente há cerca de 225 milhões de anos. Esse continente único foi chamado de Pangeia.
O único oceano circundando a Pangeia foi chamado de Pantalassa. A publicação da sistematização das ideias de Wegener aconteceu em 1915 no livro intitulado “A origem dos continentes e dos oceanos”.
Como surgiu a teoria da deriva continental?
Alfred Wegener apresentou sua teoria a respeito de um continente e de um oceano únicos, em 1912. Contudo, antes da elaboração dessas ideias, outros cientistas e pensadores contemporâneos haviam levantado possibilidades semelhantes. A forma dos continentes e o ordenamento da litosfera eram pontos bastante observados.
Podemos citar como exemplo, as ideias do cartógrafo belga Abraham Ortelius, tido como o pai do Atlas Moderno. Ele sugeriu, no século XVI, que os continentes haviam estado unidos tomando por base a geometria conhecida.
A ideia de que os continentes estiveram unidos foi sendo propagada no decorrer do tempo e ganhou força, a partir do século XIX. Porém, não havia a sistematização e nem a elaboração de tópicos sobre os motivos e mecanismos que resultaram na disposição atual dos continentes.
Como Wegener chegou a essa teoria?
Wegener elaborou a teoria da deriva continental ao observar o desenho das costas da América do Sul e da África. O geofísico identificou que as formas eram complementares e pareciam se encaixar.
A diferença entre Wegener e os antecessores que tiveram essa ideia foi o fato de ele fundamentar sua teoria em evidências físicas, geológicas e fósseis. O trabalho de fundamentação incluiu a observação de semelhanças mesmo havendo a separação das porções por milhares de quilômetros do oceano Atlântico.
Após o falecimento de Wegener, a sua teoria foi sendo aperfeiçoada e passou a ter mais abrangência. Houve novos elementos que ajudaram a explicar o entendimento da dinâmica da litosfera da Terra.
Como foi o processo de deriva continental?
Essa teoria nos explica que, há cerca de 225 milhões de anos, no Permiano, havia apenas um continente que foi chamado de Pangeia. O supercontinente era circundado por apenas um oceano que foi chamado de Pantalassa.
Wegener baseou a sua teoria na observação da semelhança entre as formas das costas dos continentes africano e sul-americano. Contudo, este não foi o único argumento que ele utilizou para embasar a teoria da deriva continental.
Evidências geológicas
Alfred Wegener era geofísico e parte do embasamento de sua teoria se deu através da observação do substrato rochoso dos países de diferentes continentes. O criador dessa teoria também observou a continuidade geomorfológica assim como a semelhança das formas do relevo dos dois continentes.
Evidências de fósseis
A teoria foi embasada também em evidências fósseis, há registros da vida vegetal e animal em continentes diferentes. Havia fósseis das mesmas espécies ou indivíduos em continentes distintos além de semelhanças biológicas.
Separação dos continentes
A separação da Pangeia foi resultante de um movimento gradual, primeiramente se formaram duas massas distintas. Uma dessas massas estava predominantemente no Hemisfério Norte e a outra no Hemisfério Sul. Elas foram chamadas, respectivamente, de Laurásia e Gondwana.
Essas massas se formaram há cerca de 200 milhões de anos, na era Mesozoica (período Triássico). O movimento contínuo fez com que as terras se separassem novamente. Posteriormente, surgiu a configuração que conhecemos atualmente.
Aceitação da teoria da deriva continental
Quando foi apresentada, a teoria da deriva continental não foi um consenso na comunidade científica. Em 1930, Wegener não conseguiu provar a teoria e não encontrou explicações melhores para o mecanismo de condicionamento de movimento dos continentes.
Nesse período, não havia informações abundantes sobre a formação da parte interna da Terra e nem sobre a composição da sua crosta. Segundo Wegener, as grandes massas emersas flutuavam sobre o oceano e isso levava a movimentação dos continentes. Consequentemente, ocorria a sua fragmentação.
Teoria das placas continentais
Na década de 1960, os estudos sobre o assoalho oceânico foram ampliados e assim surgiu uma teoria que complementaria a teoria da deriva continental. A teoria em questão é a das placas tectônicas ou expansão do assoalho oceânico.
A litosfera, camada mais externa da Terra, foi identificada como sendo constituída por grandes blocos rochosos. Esses blocos comportam os continentes e o fundo dos oceanos. Os blocos encontram-se em movimento lento e constante sobre o magma, algo que é resultado das chamadas correntes de convecção.
Atualmente, a teoria da deriva continental, juntamente a teoria das placas tectônicas, é a mais aceita para explicar a formação dos continentes. Essas teorias também são as mais aceitas para explicar como a litosfera é constituída.
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